11o Congresso Nacional
de Psicologia da Saúde

 

26 - 29 janeiro 2016
ISCTE-IUL Lisboa, Portugal

Hein de Vries (CAPHRI Escola de Saúde Pública e Cuidados Primários da Universidade de Maastricht)

Título da conferência: How to apply healthy psychology to eHealth

Data e hora:  27 de Janeiro às  11h30 

Resumo:

Health psychology offers a range of models and theories to explain and change health behavior. A challenge is how to best use these theories, as some may be leading to different predictions and choice of factors for changing health behaviors. For instance, with regard to knowledge and risk perceptions there is no consensus on whether they should be addressed or not. Integrating various relevant theories can, however, help to better understand some of the unanswered questions. In the first half of my presentation I will describe some studies testing the integration of these theories into the Integrated Model for Behavior Change, abbreviated as the I-Change Model. Next, I will provide examples on how to apply such a model for developing effective and cost-effective eHealth programs. In this approach principles of computer tailored technology will be used to translate responses of respondents into highly personalized and tailored messages aimed at motivating people to adopt healthy behaviors. 

MARIA LUÍSA BARROS (FACULDADE DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA )

Título da Conferência: Contributo dos estudos sobre parentalidade para a investigação e intervenção em psicologia pediátrica

Data e hora: 27 de Janeiro às 16h15

Resumo:

A psicologia pediátrica é um domínio de estudo e investigação claramente integrado na psicologia da saúde, mas com fortes relações com a psicologia do desenvolvimento e a psicologia clínica da criança e do adolescente. O enorme desenvolvimento deste campo de conhecimento nas últimas décadas tem evidenciado a necessidade desta transversalidade no contexto daquilo que alguns especialistas consideram um grande domínio dos estudos centrados na criança e no adolescente. Os estudos sobre a parentalidade têm vindo a assumir uma importância cada vez maior neste contexto, tanto para a investigação sobre os determinantes e correlatos psicológicos da saúde e adaptação das crianças, como para o desenvolvimento de metodologias de intervenção centradas na evidência para a promoção da saúde e o tratamento da doença pediátrica. Estes estudos procuram desenvolver o conhecimento sobre o impacto das múltiplas dimensões da parentalidade na saúde e adaptação da criança e do adolescente e explorar o papel dos pais nas ações dirigidas à promoção da saúde e ao tratamento das condições crónicas. Nesta comunicação será apresentada a proposta de um modelo integrador das dimensões comportamental (estilos, estratégias e comportamentos), cognitiva (conhecimentos, crenças e processos de tomada de decisão)  e emocional (autorregulação) da parentalidade, ilustrado    com exemplos de estudos sobre saúde e doença pediátrica. Algumas questões atuais sobre parentalidade e saúde da criança serão apresentadas para ilustrar possíveis linhas de desenvolvimento para este domínio da psicologia da saúde pediátrica. 

Julie Barnett  (University of Bath, UK)

Título da conferência: Strategies for Managing Food Allergy: a Perspective from Identity Process Theory

Data e hora: 28 de Janeiro às  11h30

Resumo: 

Having a severe food allergy has a range of impacts: quality of life is often affected and allergic reactions can lead to hospitalization and are sometimes fatal.  I will present the results of a study conducted for the UK Food Standards Agency.  Using three different qualitative methods we addressed the question of how people with a severe nut allergy make choices about what to eat and buy and how they manage risk.  I will present some of the findings of this study, the rules of thumb that the allergic participants used and then, using the framework provided by Identity Process Theory, discuss how identity requirements linked to risk management strategies. Implications for risk communication will be drawn out from this analysis. 

Sílvia Silva (Escola de Gestão, ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa)

Título da conferência: Saúde no trabalho: Necessidades, tendências e desafios para a psicologia

Data e hora: 28 de Janeiro às 16h15

Resumo

Em 1950 a OMS e a OIT definiram a saúde no trabalho como sendo a promoção e manutenção do mais elevado bem-estar físico, mental e social em todas as profissões, procurando a prevenção de problemas de saúde causados pelas condições de trabalho, a protecção dos trabalhadores relativa à exposição a riscos, e um ambiente de trabalho adaptado ao trabalhador. Nos últimos 65 anos constatou-se uma evolução muito positiva nas condições físicas de trabalho e observou-se uma diminuição muito significativa dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Simultaneamente, verificou-se um desenvolvimento significativo da investigação nas várias disciplinas que contribuem para a compreensão das causas dos acidentes e doenças, sendo que a psicologia não foi exceção. Os contributos da psicologia deram origem a uma nova área específica que desde 1990 se designa por Occupational Health Psychology (OHP), psicologia da saúde ocupacional. A OHP incide nas aplicações da psicologia à melhoria da qualidade de vida no trabalho e protecção e promoção da segurança e, saúde e bem-estar dos trabalhadores. Embora seja uma área jovem já é constituída por um conjunto de investigação sólido e bem consolidado sendo que os seus contributos têm visado contribuir para uma saúde ao nível físico, emocional, cognitivo, motivacional e comportamental.Esta comunicação visa apresentar uma reflexão em torno das necessidades, tendências e desafios importantes para o desenvolvimento desta área em Portugal considerandos os domínios interdependentes da investigação, educação e prática profissional.

Maria Palacín Lois (Departamento de Psicologia Social da Universidade de Barcelona )

Título da  Conferência: Apoyo Social en la Promoción de la Salud

Data e hora: 29 de Janeiro às  11h30

Resumo:

Se tratará de contextualizar cómo los grupos  en  el contexto del ámbito de la salud favorecen el cambio personal y por tanto están indicados como mecanismos de promoción de la salud y son fuente de redes sociales y de apoyo social.  Nuestros grupos son indicadores del grado de nuestra salud. Somos  en función de cómo nos relacionamos.

Pedro Teixeira (Faculdade de Motricidade Humana da Universidade  de Lisboa)

Título da  Conferência: Motivação e auto-regulação em mudança comportamental em saúde

Data e hora: 29 de Janeiro às 16h15

Resumo: 

O atual modelo de cuidados de saúde, largamente dependente da prevenção de fatores de risco e doenças crónicas, tem como pressuposto que cada pessoa assuma, individualmente e em relação com o seu contexto, um papel ativo na gestão da sua saúde e comportamentos associados. Entende-se por isso como relevante compreender melhor como cada pessoa regula (ou controla) o que come, que atividade física inclui nas suas rotinas, quantas vezes interrompe períodos de sedentarismo, etc., existindo várias perspetivas sobre os processos  mais importantes envolvidos nesta regulação. Na presente comunicação, serão analisados modelos que valorizam o papel do indivíduo como organismo ativo e orientado para níveis crescentes de integração e coerência, por exemplo, entre aspirações, valores, motivos e comportamentos. Estes modelos, de cariz organísmico-dialético, centrados na pessoa e explicitamente motivacionais complementam, e por vezes contrastam, com correntes mais dominantes e apresentadas genericamente como teorias de auto-regulação, que descrevem competências e processos auto-regulatórios “pós-motivacionais”, ou outros centrados sobretudo na força do controlo exercido por estruturas e funções executivas sobre os impulsos e tentações que desafiam o atingir das metas traçadas. Esta comunicação incluirá uma discussão sobre várias perspetivas de autoregulação, oferecendo sugestões conceptuais, paradigmas empíricos, resultados da investigação recente, e direções futuras que integram os “quês” da auto-regulação (como regular) com os “porquês” das escolhas envolvidas na gestão dos comportamentos de saúde. O objetivo é procurar soluções e intervenções mais eficazes para mudanças comportamentais sustentadas no tempo, adequadas aos contextos sociais atuais, e satisfatórias para quem as empreende.